Cantigas de roda, ou Cirandas, são brincadeiras infantis, onde tipicamente as crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não coreografias acerca da letra da música. (Wikipédia) São constituídas de textos anônimos simples, repetitivos e ritmados, que se adaptam e se redefinem ao longo do tempo. Têm o intuito de colaborar com a aprendizagem por meio da fixação.
A Galinha do Vizinho A galinha do vizinho Bota ovo amarelinho Bota um, bota dois, bota três, Bota quatro, bota cinco, bota seis, Bota sete, bota oito, bota nove, Bota dez! Borboletinha Borboletinha tá na cozinha Fazendo chocolate Para a madrinha Poti, poti Perna de pau Olho de vidro E nariz de pica-pau pau pau Escravos de Jó Os escravos de Jó Jogavam caxangá Tira, põe, Deixa o zabelê ficar Guerreiros com guerreiros Fazem ziguezigue zá Guerreiros com guerreiros Fazem ziguezigue zá. Eu entrei na roda Ai, eu entrei na roda Ai, eu não sei como se dança Ai, eu entrei na “rodadança” Ai, eu não sei dançar Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um Tenho sete namorados, mas só posso casar com um Namorei um garotinho do colégio militar O diabo do garoto, só queria me beijar Todo mundo se admira da macaca fazer renda Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda. Fui ao Tororó Fui no Tororó beber água não achei Achei linda Morena Que no Tororó deixei Aproveita minha gente Que uma noite não é nada Se não dormir agora Dormirá de madrugada Oh! Dona Maria, Oh! Mariazinha, entra nesta roda Ou ficarás sozinha! Marcha soldado Marcha Soldado Cabeça de Papel Se não marchar direito Vai preso pro quartel O quartel pegou fogo A polícia deu sinal Acorda acorda acorda A bandeira nacional . Marinheiro só Oi, marinheiro, marinheiro, Marinheiro só Quem te ensinou a navegar? Marinheiro só Foi o balanço do navio, Marinheiro só Foi o balanço do mar Marinheiro só. Meu limão, meu limoeiro Meu limão, meu limoeiro, Meu pé de jacarandá, Uma vez, tindolelê, Outra vez, tindolalá. Peixe vivo Como pode o peixe vivo Viver fora d’água fria? Como pode o peixe vivo Viver fora d’água fria? Como poderei viver, Como poderei viver, Sem a tua, sem a tua, Sem a tua companhia? Os pastores desta aldeia Já me fazem zombaria Os pastores desta aldeia Já me fazem zombaria Por me ver assim chorando Sem a tua, sem a tua companhia. Como poderei viver, Como poderei viver, Sem a tua, sem a tua, Sem a tua companhia? Pai Francisco (Essa cantiga também é uma broncadeira. O Pai Francisco fica fora da roda enquanto todos cantam:) Pai Francisco entrou na roda Tocando seu violão! Da…ra…rão! Dão! Vem de lá seu delegado E Pai Francisco foi pra prisão. (Pai Francisco se aproxima da roda, requebrando, e escolhe um companheiro para substituí-lo.) Como ele vem Todo requebrado Parece um boneco Desengonçado. (A brincadeira recomeça.) A barata diz que tem A barata diz que tem sete saias de filó É mentira da barata, ela tem é uma só Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só A Barata diz que tem um sapato de veludo É mentira da barata, o pé dela é peludo Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo! A Barata diz que tem uma cama de marfim É mentira da barata, ela tem é de capim Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim. A canoa virou A canoa virou Por deixá-la virar, Foi por causa da Maria Que não soube remar Siriri pra cá, Siriri pra lá, Maria é velha E quer casar Se eu fosse um peixinho E soubesse nadar, Eu tirava a Maria Lá do fundo do mar. Alecrim Alecrim, alecrim dourado Que nasceu no campo Sem ser semeado Oi, meu amor, Quem te disse assim, Que a flor do campo É o alecrim? Alecrim, alecrim aos molhos, Por causa de ti Choram os meus olhos Alecrim do meu coração Que nasceu no campo Com esta canção. A gatinha parda A minha gatinha parda, que em Janeiro me fugiu Onde está minha gatinha, Você sabe, você sabe, você viu ? Eu não vi sua gatinha, mas ouvi o seu miau Quem roubou sua gatinha Foi a bruxa, foi a bruxa pica-pau. A rosa amarela Olha a Rosa amarela, Rosa Tão Formosa, tão bela, Rosa Olha a Rosa amarela, Rosa Tão Formosa, tão bela, Rosa Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá Para me enxugar, ô Iá-iá Esta despedida, ô Iá-iá Já me fez chorar, ô Iá-iá… Se esta rua fosse minha Se esta rua, Se esta rua fosse minha, Eu mandava, Eu mandava ladrilhar, Com pedrinhas, Com pedrinhas de diamantes, Só pra ver, só pra ver Meu bem passar Nesta rua, nesta rua tem um bosque Que se chama, que se chama solidão Dentro dele, dentro dele mora um anjo Que roubou, que roubou meu coração Se eu roubei, se eu roubei teu coração, Tu roubaste, tu roubaste o meu também Se eu roubei, se eu roubei teu coração, É porque, é porque te quero bem Balaio Eu queria se balaio, balaio eu queria ser Pra ficar dependurado, na cintura de “ocê” Balaio meu bem, balaio sinhá Balaio do coração Moça que não tem balaio, sinhá Bota a costura no chão Eu mandei fazer balaio, pra guardar meu algodão Balaio saiu pequeno, não quero balaio não Balaio meu bem, balaio sinhá Balaio do coração. Boi Barroso Eu mandei fazer um laço do couro do jacaré Pra laçar o boi barroso, num cavalo pangaré Meu Boi Barroso, meu Boi Pitanga O teu lugar, ai, é lá na cana Adeus menina, eu vou me embora Não sou daqui,ai, sou lá de fora Meu bonito Boi Barroso, que eu já dava por perdido Deixando rastro na areia logo foi reconhecido. Boi da cara preta Boi, boi, boi Boi da cara preta Pega esta criança que tem medo de careta Não , não , não Não pega ele não Ele é bonitinho, ele chora coitadinho. Cachorrinho Cachorrinho está latindo lá no fundo do quintal Cala a boca, Cachorrinho, deixa o meu benzinho entrar Ó Crioula lá! Ó Crioula lá, lá! Ó Crioula lá! Não sou eu quem caio lá! Atirei um cravo n’água de pesado foi ao fundo Os peixinhos responderam, viva D. Pedro Segundo. Cai cai balão Cai cai balão, cai cai balão Na rua do sabão Não Cai não, não cai não, não cai não Cai aqui na minha mão! Cai cai balão, cai cai balão Aqui na minha mão Não vou lá, não vou lá, não vou lá Tenho medo de apanhar! Capelinha de melão Capelinha de Melão é de São João É de Cravo é de Rosa é de Manjericão São João está dormindo Não acorda não! Acordai, acordai, acordai, João! | Ciranda, cirandinha Ciranda, cirandinha, Vamos todos cirandar, Vamos dar a meia volta, Volta e meia vamos dar O anel que tu me deste Era vidro e se quebrou, O amor que tu me tinhas Era pouco e se acabou. A barraquinha Vem, vem, vem sinhazinha Vem, vem, vem Sinhazinha Vem, vem para provar Vem, vem, vem Sinhazinha Na barraquinha comprar Pé de moleque queimado Cana, aipim, batatinha Ó quanta coisa gostosa Para você Sinhazinha. Mineira de Minas Sou mineira de Minas, Mineira de Minas Gerais Rebola bola você diz que dá que dá Você diz que dá na bola, na bola você não dá! Sou carioca da gema, Carioca da gema do ovo Rebola bola você diz que dá que dá Você diz que dá na bola, na bola você não dá! Na Bahia tem Na Bahia tem, tem tem tem Coco de vintém, ô Ia-iá Na Bahia tem! Na beira da praia Na beira da praia Eu vou, eu quero ver Na beira da praia, Só me caso com você Na beira da praia Você diz que não, que não, Você mesmo há de ser Água tanto deu na pedra, Que até fez amolecer, Na beira da praia. Na loja do mestre André Foi na loja do Mestre André Que eu comprei um pianinho, Plim, plim, plim, um pianinho Ai olé, ai olé! Foi na loja do Mestre André! Foi na loja do Mestre André Que eu comprei um violão, Dão,dão,dão, um violão Plim, plim, plim, um pianinho Ai olé, ai olé! Foi na loja do Mestre André! Foi na loja do Mestre André Que eu comprei uma flautinha, Flá, flá, flá, uma flautinha Dão,dão,dão, um violão Plim, plim, plim, um pianinho Ai olé, ai olé! Foi na loja do Mestre André! Foi na loja do Mestre André Que eu comprei um tamborzinho, Dum, dum, dum, um tamborzinho Flá, flá, flá, uma flautinha Dão, dão, dão, um violão Plim, plim, plim, um pianinho Ai olé, ai olé! Foi na loja do Mestre André! O cravo brigou com a rosa O cravo brigou com a rosa Debaixo de uma sacada O cravo saiu ferido E a rosa, despedaçada O cravo ficou doente A rosa foi visitar O cravo teve um desmaio, A rosa pôs-se a chorar. Meu boi morreu O meu boi morreu O que será de mim Mande buscar outro, oh Morena Lá no Piauí O meu boi morreu O que será da vaca Pinga com limão, oh Morena Cura urucubaca. O meu galinho Há três noites que eu não durmo, ola lá! Pois perdi o meu galinho, ola lá! Coitadinho, ola lá! Pobrezinho, ola lá! Eu perdi lá no jardim Ele é branco e amarelo, ola lá! Tem a crista vermelhinha, ola lá! Bate as asas, ola lá! Abre o bico, ola lá! Ele faz qui-ri-qui-qui Já rodei em Mato Grosso, ola lá! Amazonas e Pará, ola lá! Encontrei, ola lá!Meu galinho, ola lá! No sertão do Ceará! O pobre cego Minha Mãe acorde, de tanto dormir Venha ver o cego, Vida Minha, cantar e pedir Se ele canta e pede, de-lhe pão e vinho Mande o pobre cego, Vida Minha, seguir seu caminho Não quero teu pão, nem também teu vinho Quero só que a minha vida, Vida Minha, me ensine o caminho Anda mais Aninha, mais um bocadinho, Eu sou pobre cego, Vida Minha, não vejo o caminho. Peixinho do mar Quem me ensinou a nadar Quem me ensinou a nadar Foi, foi, marinheiro Foi os peixinhos do mar. Pezinho Ai bota aqui Ai bota aqui o seu pezinho Seu pezinho bem juntinho com o meu E depois não vá dizer Que você se arrependeu! Pirulito que bate bate Pirulito que bate bate Pirulito que já bateu Quem gosta de mim é ela Quem gosta dela sou eu Pirulito que bate bate Pirulito que já bateu A menina que eu gostava Não gostava como eu. Que é de Valentim Que é de Valentim ? Valentim Trás Trás Que é de Valentim ? É um bom rapaz Que é de Valentim ? Valentim sou eu! Deixa a moreninha, que esse par é meu! Roda pião O Pião entrou na roda, ó pião! Roda pião, bambeia pião! Sapateia no terreiro, ó pião! Mostra a tua figura, ó pião! Faça uma cortesia, ó pião! Atira a tua fieira, ó pião! Entrega o chapéu ao outro, ó pião! Samba Lelê Samba Lelê está doente Está com a cabeça quebrada Samba Lelê precisava De umas dezoito lambadas Samba, samba, Samba ô Lelê Pisa na barra da saia ô Lalá Ó Morena bonita, Como é que se namora ? Põe o lencinho no bolso Deixa a pontinha de fora. São João da Rão São João Da Ra Rão Tem uma gaita-ra-rai-ta Que quando toca-ra-roca Bate nela Todos os anja-ra-ran-jos Tocam gaita-ra-rai-ta Tocam gaita-ra-rai-ta Aqui na terra Maria tu vais ao baile, tu “leva” o xale Que vai chover E depois de madrugada, toda molhada Tu vais morrer Maria tu vais “casares”, eu vou te “dares” Eu vou te “dares” os parabéns Vou te “dartes” uma prenda Saia de renda e dois vinténs. Sapo Jururu Sapo Jururu na beira do rio Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio A mulher do sapo, é quem está la dentro Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento. Teresinha de Jesus Teresinha de Jesus deu uma queda Foi ao chão Acudiram três cavalheiros Todos de chapéu na mão O primeiro foi seu pai O segundo seu irmão O terceiro foi aquele Que a Teresa deu a mão Teresinha levantou-se Levantou-se lá do chão E sorrindo disse ao noivo Eu te dou meu coração Dá laranja quero um gomo Do limão quero um pedaço Da morena mais bonita Quero um beijo e um abraço. Tutu Marambá Tutu Marambá não venhas mais cá Que o pai do menino te manda matar Durma neném, que a Cuca logo vem Papai está na roça e Mamãezinha em Belém Tutu Marambá não venhas mais cá Que o pai do menino te manda matar. Vai abóbora Vai abóbora vai melão de melão vai melancia Vai jambo sinhá, vai jambo sinhá, vai doce, vai cocadinha Quem quiser aprender a dançar, vai na casa do Juquinha Ele pula, ele dança, ele faz requebradinha . Vamos maninha Vamos Maninha vamos, Lá na praia passear Vamos ver a barca nova que do céu caiu do mar Nossa Senhora esta dentro, Os anjinhos a remar Rema rema remador, que este barco é do Senhor O barquinho já vai longe E os anjinhos a remar Rema rema remador, que este barco é do Senhor (bis). Você gosta de mim? Você gosta de mim, ó menina? Eu também de você, ó menina Vou pedir a seu pai, ó menina, Para casar com você, ó menina Se ele disser que sim, ó menina, Tratarei dos papéis, ó menina, Se ele disser que não, ó menina, Morrerei de paixão. Indiozinhos Um, dois, três indiozinhos Quatro, cinco, seis indiozinhos Sete, oito, nove indiozinhos Dez num pequeno bote Iam navegando pelo rio abaixo Quando um jacaré se aproximou E o pequeno bote dos indiozinhos Quase, quase virou. |
Fontes: Toda Matéria e Catraquinha
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